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Vídeo - Adolescente encapuzado entra armado em escola e mata uma aluna cadeirante

A jovem cadeirante de 19 anos identificada como Geane Silva de Brito foi assassinada na manhã da última segunda-feira (26) em uma Escola Municipal na cidade de Barreiras, na Bahia.

Segundo informações, o assassino é um adolescente que entrou encapuzado na escola com armas, munições e uma faca.

A professora de inglês do adolescente que atirou na escola disse que ele é um aluno introspectivo e não apresentava comportamento violento. "Ele era um aluno muito calado. Se expressava poucas vezes nas aulas, mas fazia as atividades escritas com muito capricho. Sempre sentava no mesmo lugar, e se relacionava sempre com os mesmos colegas que estavam próximos a ele. Não era um aluno de muitas amizades, interagia pouco e a interação era sempre com os mesmos colegas", contou Aline Herok.

O rapaz, que não teve nome divulgado por ser menor de idade, está hospitalizado sob custódia, após ter sido baleado quatro vezes. A pessoa que disparou contra ele ainda não foi identificada. As investigações da polícia apontam que o adolescente não tinha um alvo definido. Além de um revólver, ele também usou um facão na ação. Foi com esse facão que ele atacou a estudante Geane Brito, que não resistiu aos ferimentos e morreu ainda na escola, após ter sido degolada.

Aline Herok também ensinava à vítima e classificou a morte dela como "irreparável". "A Geane era uma aluna muito querida, a escola está consternada com essa perda irreparável. Uma aluna muito querida que, mesmo com suas limitações por ser uma cadeirante e ter grandes dificuldades motoras e de oralidade, e interagia muito com os colegas", disse a professora.

O estado de saúde do jovem é estável, apesar de grave. O delegado Rivaldo Luz, que investiga o caso, informou que o revólver usado no ataque era do pai dele, subtenente aposentado no Distrito Federal. "Ele disse que a arma estava guardada. Disse que o filho era introspectivo, calado, tinha poucas amizades, mas era um bom menino, tirava boas notas, embora relatasse que ele tinha faltado muito às aulas, e tinha dificuldade de fazer amizades". Dentro de casa, ele tinha uma boa relação e cuidava, inclusive, de um tio que é cadeirante também. O pai relatou que não consegue entender o motivo que levou a criança fazer isso".

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O pai do jovem tem a documentação regular desse armamento, que estava escondido em um colchão. Ele também poderá responder pelo caso, já que a arma usada no ataque deveria estar sob o cuidado dele.

"O dever de cautela é do portador da arma, que é quem tem a autorização legal. Vamos avaliar com bastante calma, junto com outros delegados que também estão trabalhando no caso, para que agente possa fazer as coisas com bastante serenidade, com bastante cuidado, para conseguirmos chegar a um final comum".

Adolescente não tinha alvo definido

As investigações da polícia apontam que Geane não era alvo principal do adolescente. "Ele já entrou atirando, não tinha um alvo fixo, então ele tentou acertar o maior número de pessoas possíveis. Em algum momento, a arma 'picotou' [falhou]. Houve uma certa imperícia dele, porque o revólver falhou em alguns momentos. Quando ele conseguiu atirar na entrada do colégio, as pessoas começaram a correr. Ele não teve condição com arma, que só tinha seis balas e ele teria que recarregar – e ele tinha material para recarregar –, ele não teve tempo de executar mais pessoas", disse o delegado.

Publicações nas redes sociais
Segundo o delegado, a polícia apura publicações na internet feita pelo adolescente. Ele informou que investiga a participação dele em outros ataques, que teriam sido praticados em outros estados.

"Nós estamos em contato com autoridades de outros estados, porque há indício de relação com outras situações, em outros estados. Ele tinha uma relação na internet muito forte, e nós estamos investigando outras autoridades para conseguir entender os motivos, a forma, se alguém financiou e incentivou de alguma forma, se participou desse atentado".

O delegado Rivaldo Luz destacou que o adolescente foi responsável por comentários racistas na internet. Ele informou que todo material publicado por ele será investigado.

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Gilberto Silva

Formado em Administração de Empresas

Editor do Divulga no Portal

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