Mãe luta na justiça para conseguir remédio de maconha para a filha

Katiele Fischer, de 33 anos é a mãe de Any, que nasceu com uma sídrome rara que provoca convulsões a cada duas horas. Devido as crises, Any não consegue falar e embora tenha aprendido a andar aos três anos, regrediu a estaca zero agora que as convulsões pioraram.


A pouco tempo, Katiele descobriu um composto a base de maconha num fórum de pais na internet e decidiu usá-lo com a filha. Os resultados foram surpreendentes. Any que tinha cerca de sessenta convulsões semanais passou a ter três semanas inteiras sem ter sequer uma convulsão. “O canabidiol devolveu a ela suas funções”, diz Katiele, que viu no produto o tratamento ideal para a filha. Conhecido como CDB, o composto é um dos 60 princípios ativos da planta cannabis sativa, a maconha, e não causa alterações de comportamento.

O primeiro produto ela recebeu dos Estados Unidos onde o produto é vendido como suplemento alimentar, sem necessidade de receita médica.

Mas a alegria durou pouco, pois, por ser um remédio derivado da maconha as encomendas foram barradas pela Anvisa e pelos Correios - qualquer derivado da maconha é ilegal no Brasil. a garota que havia se beneficiado com o remédio voltou a ter dezenas de convulsões diárias. Foi aí que a mãe decidiu que faria de tudo para conseguir o composto. “Acho que tenho o direito de fazer isso por ela, mesmo sendo uma coisa ilegal”, diz.

Sua história está contada no documentário “Ilegal”, de Tarso Araujo e Raphael Erichsen, que foi lançado na noite desta quinta-feira (27) em São Paulo. Os diretores iniciaram também uma campanha para produzir um site informativo inteiramente dedicado à maconha medicinal.

Fonte: Marie Claire

 

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